O Coliving é uma tendência habitacional que se tem tornado cada vez mais comum. Apesar de ser um conceito que ouvimos falar recentemente, tem crescido de forma expressiva em grandes cidades como Nova Iorque, Londres ou Berlim e tem conquistado os millennials.
Um pouco à semelhança do Cowork, que se trata de escritórios de trabalho partilhados, o coliving consiste numa residência partilhada por um conjunto de pessoas que, geralmente, partilham o sentido de comunidade, cooperação e um estilo de vida sustentável.
O coliving tem a grande vantagem de não ser necessário um contrato de arrendamento, o que facilita muito a nível burocrático: não é necessário provas de rendimentos, fiadores ou cumprir os prazos mínimos de um contrato de arrendamento.
Para além disso, em alguns casos pode representar vantagens a nível de custos, uma vez que as despesas já vêm incluídas no valor da renda e os utilizadores ainda podem usufruir de um espaço de cowork.
Estes espaços estão a atrair cada vez mais pessoas jovens, profissionais liberais ou nómadas digitais. Estes utilizadores não só encontram um local que lhes oferece um espaço de trabalho, de partilha e socialização, como também lhes permite não ter a obrigação de ficar por longos períodos de tempo.
Há, inclusivamente, empresas que detêm espaços de coliving em vários pontos do mundo, o que permite que estes utilizadores percorram os vários espaços espalhados pelo mundo.
Assim, o coliving veio complementar as ofertas do mercado imobiliários e está a tornar-se numa grande tendência de habitação para quem procura um espaço habitacional sem grandes compromissos.
Passamos a nomear algumas vantagens:
Menos burocracia e menos compromisso
Tal como foi referido, o coliving não obriga à realização de um contrato de arrendamento. O inquilino não tem que apresentar provas de rendimentos, fiador, nem tem que cumprir os prazos normais de um contrato de arrendamento comum.
Tarefas partilhadas
Nos espaços de coliving as tarefas dos espaços comuns costumam ser partilhadas: desde as refeições, a limpeza, a lavandaria, etc. Isto não só traz uma grande vantagem a nível de optimização do tempo como se garante a manutenção da casa quando se alguém se ausenta.
Localização
Por norma, os espaços de coliving situam-se nas zonas centrais da cidade. Estão sempre próximas de comércio, serviços, shoppings e zonas de lazer e meios de transporte, o que permite uma maior mobilidade para qualquer zona da cidade e, consequentemente, uma maior optimização do tempo.
Partilha de ideais
Para além de factores como a idade, o facto de serem estudantes ou jovens deslocados, um dos aspectos que é comum encontrar entre os utilizadores do coliving é a partilha de ideais, valores e interesses comuns.
Por norma, as pessoas que procuram o coliving partilham do sentido de comunidade, sustentabilidade, liberdade, o que faz com que criem fortes laços. Existem empresas de co-living que traçam diferentes perfis de utilizadores e agrupam as pessoas de acordo com os seus gostos e estilo de vida.
Socialização e networking
O coliving é ideal para jovens deslocados ou pessoas de outras nacionalidades. Nem sempre é fácil chegar a um país novo, conhecer pessoas novas e fazer amigos.
Nos espaços de coliving, a maioria dos uitilizadores estão deslocados e o facto de haver partilha das áreas comuns e contacto diário com os restantes habitantes, estes espaços promovem a socialização e a integração.
Permitem conhecer e conviver com vários tipos de pessoas, de diferentes nacionalidades, crenças, religiões ou estilos de vida e estabelecer sinergias.
A nível de desvantagens, o coliving pode não ser interessante para pessoas que gostem de muita privacidade, sejam mais reservadas e que tenham dificuldade em relacionarem-se com muitas pessoas. Para além disso, convém que tenha um perfil mais descontraído e pacífico e que lide bem com diferentes personalidades.
Diferenças entre o coliving, cohousing e as repúblicas:
Apesar do coliving ser uma tendência recente, o conceito tem algumas semlhanças com o cohousing que surgiu na Dinamarca nos anos 70. É actualmente um modelo muito popular nos Estados Unidos e nos países Nórdicos da Europa.
O cohousing consiste num grupo de casas particulares agrupadas num espaço partilhado, ou seja, cada pessoa/família dispõe de uma casa privada com as comodidades habituais como quarto, cozinha, sala, casa de banho, etc e tem acesso a espaços de lazer comuns.
Uma das principais diferenças entre o coliving e o cohousing está relacionadas com a duração da estadia e com os utilizadores: enquanto o coliving é destinado para um público mais jovem que procura uma solução de arrendamento temporário e numa fase transitória o cohousing é mais procurado por famílias que pretendem uma habitação permanente e geralmente.
Para além disso, a localização também é um factor que distingue estes dois conceitos. O coliving tem maior concentração nos centros urbanos e o cohousing procura um maior contacto com a natureza. Ainda que existam opções de cohousing nas grandes áreas metropolitanas, geralmente estão mais afastadas dos centros das cidades.
Existem também algumas semelhanças entre o coliving e as repúblicas, no entanto, convém esclarecer que são conceitos diferentes, nomeadamente, no que diz respeito ao perfil dos utilizadores.
As repúblicas são destinadas apenas a jovens universitários, enquanto que o coliving é destinado a um perfil mais abrangente de utilizadores como jovens profissionais, nómadas digitais, etc.
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